sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Tempus fugit!

Ainda uns passos no caminho
E a estrada ali à frente
Tão certa e segura.
Passos apenas
Perdidos na poeira do caminho.

Já tardios e vividos
Passos reencontrados no tempo.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

É bom estarmos...

É bom podermos saborear as coisas boas que nos vão surgindo a cada dia que passa.
É bom podermos ir tendo, nos dias que vivemos, momentos que nos lembram que vale sempre a pena estarmos uns com os outros, despidos do que nos isola e afasta.
É sempre bom podermos ir [re]aprendendo o que o meu neto Gui vai descobrindo e apreendendo no seu próprio dia-a-dia.

E, afinal, se calhar, a vida mais não é que um suceder de momentos.

Momentos que, umas vezes não queremos nem desejamos. Momentos que algumas vezes procuramos esquecer, porque indesejados, imerecidos ou, mesmo, por nós mal geridos. Momentos, até, que às vezes deveríamos deixar no caixote do lixo da vida.

Mas, também, momentos que servem para guardar e re-lembrar a cada outro momento que surge no percurso. Momentos que nos trazem o que de melhor sabemos ver, escutar e saborear. Momentos que nos levam a voar a rota mágica dos que conhecem as palavras alegria, amizade, fraternidade, harmonia.

Eu, que despassarado sou, estou cá em crer que cada vez mais e melhor vou procurando afincadamente dar mais valor ao que nos aquece do que ao que nos arrefece. Até porque cada vez mais me sinto e me abandono no meu próprio outono.

E, seguramente, cada vez mais com a tranquila serenidade que só o tempo sabe manifestar.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Comunicado do GCC

Conforme anteriormente afirmado, vem este Governo cá de casa, afirmar com inaudita e elevadíssima convicção, orgulho e satisfação, que todas as metas foram cabal e eficazmente cumpridas.

Hoje, fomos aos mercados.

Eis os resultados:

Assim, temos a enorme convicção de que, após este árduo trabalho, o Natal será, de facto, bem mais saboroso!

sábado, 21 de setembro de 2013

Dúvidas subversivas

Mas que raio é que levou os iluminados da televião pública (RTP) a irem buscar a Senhora D. Manuela Moura Guedes para apresentadora de um programa?

Ah! Se calhar não tinham lá em casa ninguém para isso.
Só pode...

Os pequenos grãos da [nossa] vida

Com o passar dos anos, cada vez me vou convencendo mais que isto da vida, afinal, não deixa de ser uma coisa simples. Uma coisa que chega a todos. Mesmo àqueles que se julgam únicos, ou melhores, ou mais, até, do que os que existem à sua volta. Diria até mais, uma coisa que o meu neto Gui sabe bem apreciar e, dela, já tem um conhecimento muito razoável.

Curiosamente, no meio disto tudo, acabam por ser aqueles que mais se julgam e afirmam imponentes da sua sabedoria, do seu conhecimento, os que se julgam melhores do que os outros, os que ainda acreditam que só eles estão certos e que só eles tudo podem fazer, porque os outros não valem e não prestam, no meio de tudo isto, acabam por ser estes os que se sentem baralhados e inseguros com as coisas da vida. Para estes, a vida não podia, de facto, deixar de ser uma coisa bem complicada. E, as mais das vezes, acabam por se deixar enlear em complicadas teias tão prenhas de nós que acabam sempre por ser difícil de desatar.

E em verdade, em verdade vos digo que a simplicidade,  a humilde abedoria, a justa razão da existência humana são afinal os traços que desenham, que compõem, que alimentam as coisas da vida. E fazem da própria vida uma boa razão para a nossa própria existência.

Apenas temos que ser capazes de acreditar. De sonhar.
Como diz o vate.: "Eles não sabem que o sonho comanda a vida. E que sempre que um homem sonha, o mundo avança como uma bola colorida entre as mão de uma criança."

Mais simples que isto...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Poema breve

Era uma vez um fósforo.
Acendeu-se ao cumprir a sua missão.
E, cumprindo o seu destino,
Se finou em poeira volátil.

  Sacado daqui

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Boas surpresas

Agradável surpresa, hoje, em final de tarde, com o filme "A gaiola dourada".

Faz-nos rir. Mas ao mesmo tempo convida-nos a pensar no que somos.
Como somos. 
Como olhamos o passar do tempo. 
Como nos relacionamos com os que nos rodeiam. 

Sem outra ambição que não a de nos descobrirmos com a serenidade e a tranquilidade de quem apenas deseja ser natural.
E isso, pelo menos a mim, bastou e agradou.

Vivências

Nos tempos que correm, muitas vezes esquecemos o mais importante. O que deveria orientar e balizar o nosso caminho comum.

Temos para nós que apenas nós somos o que conta. Vivemos, afinal, a convicção de um mundo monocolor. Monocórdico. Vivemos a preto e branco. Como se cinzentos [vários, mesmo] não existissem. Conhecemos apenas o sim e o não, esquecendo provocatoriamente o talvez.

Cá para mim, cada vez mais vou descobrindo que as coisas da vida, afinal, mais não são que uma miriade de cores e de sons que nos abraçam e enleiam, espicaçando os nossos sentidos.

E por isso, também e sobretudo por isso, que cada vez mais me vou encontrando comigo mesmo. E ao encontrar-me, descubro-me igualmente nos outros. Nos outros que comigo partilham a estrada da vida.

E, creiam ou não, isso, e apenas isso, tranquiliza-me e satisfaz-me.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vidas...

Há gente que não consegue deixar de viver. Apenas e tão somente.

Mas também há gente que apenas existe [vive] em função dos seus medos, das suas impotências.
Vivendo os dias que não sabem, impõem-se nas suas pequenas existências.
E na sua pequenez, gigantes se sonham.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tempus fugit...

Apenas um passo. Um pequeno passo.
Tão pequeno como os passos do meu neto que, trôpego ainda, vai tentando preencher.

Apenas um pequeno passo.
No caminho da montanha que se abre à minha frente.

Apenas um pequeno passo.
Que se deseja desejado e tranquilo. 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Pensamentos subversivos

Às vezes mais parece que o nosso espaço não passa de uma arena qualquer. Em Roma, claro. 
Às vezes, melhor seria que latim não balbuciássemos...

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Quase...

O tempo passa. Corre como o vento. 
E quase sempre o mais difícil é o pequeníssimo passo que ainda resta.