Fui hoje despedir-me da D. Isabel, mãe do meu amigo Toni, que partiu na viagem derradeira. Depois de um tempo em que conviveu connosco, a montanha chamou-a e ela lá foi. Tranquila e serena como tranquilos e serenos ali nos encontrámos todos.
Na verdade, este ano tem sido um ano de partidas várias na minha vida. O que me tem vindo a convencer que, afinal, a vida mais não é que um eterno partir. Mais do que chegar, um permanente partir.
E o curioso é que em vez de me perturbar, esta realidade cada vez mais a encontro até dentro de mim. Calma e serenamente. Ou, talvez melhor, com uma serena inquietação. A serena inquietação dos que querem continuar a acreditar na própria vida. Tão-somente.
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